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Imagem: Daily Mail |
Chelsea 1-0 Manchester United (Hazard 38′)
Só algo de profundamente anormal tirará o título de campeão Inglês ao Chelsea. Os comandados de José Mourinho bateram em casa o Manchester United por 1-0 e têm agora 10 pontos de vantagem para o Arsenal quando somente faltam disputar 18. No entanto, uma vez mais, os Blues praticaram um futebol pobre (mesmo frente a um rival que se apresentava desfalcado para este encontro), limitando-se a defender dentro do seu meio campo e somente tendo 2 investidas de perigo (bem como só 30% de posse de bola ao longo dos 90 minutos e 25% no segundo tempo). Já os Red Devils não conseguiram dar continuidade aos recentes bons resultados, mas voltaram a mostrar a sua clara melhoria exibicional, superiorizando-se ao líder do campeonato e dispondo de várias chances na segunda parte.
Quanto ao jogo, Mourinho apostou em Zouma para o meio-campo, enquanto Van Gaal, sem peças como Carrick, Blind ou Rojo, colocou o jovem McNair a central e Rooney no meio-campo com Falcao no ataque. A primeira parte teve pouca acção junto das balizas, com os Red Devils a terem mais a iniciativa mas a não conseguirem aproximar-se com perigo da baliza de Courtois, excepção feita a um remate de Rooney que chegou a dar a sensação de golo. Os homens da casa, apesar de praticamente não terem tido acções ofensivas, chegariam ao golo ao minuto 38, com Hazard a ser isolado com um belo toque de calcanhar de Oscar e a rematar entre as pernas de De Gea para inaugurar o marcador. No segundo tempo, os Blues continuaram a dar a iniciativa ao adversário (apenas criaram perigo num remate de Hazard ao poste após perda de bola de Ander), que desta feita conseguia aproximar-se da baliza rival com perigo. McNair dava qualidade na saída de bola e Shaw conseguia ser profundo pelo lado esquerdo e criar problemas a Ivanovic e os Red Devils estiveram perto de marcar por Rooney (remate cortado por Cahill), McNair (boa defesa de Courtois) e, principalmente, por Falcao (acertou na barra), mas foram incapazes de fazer balançar as redes. Até final, destaque para o facto de Mourinho ter terminado o encontro com um meio-campo composto por Mikel, Zouma e Matic.
Destaques
Chelsea: Vitória que deixa o título no bolso, consumando-se o principal objetivo de Mourinho para esta época. No entanto, exige-se mais a um grande que joga em casa. Os Blues limitaram-se a entregar a bola ao adversário e a defender com um bloco baixo, algo que foi mesmo criticado pelos adeptos com assobios.
Courtois deu a qualidade na baliza do costume e a dupla
Terry-Cahil voltou a mostrar que a defender dentro da área é das melhores do mundo. Na direita
Ivanovic sofreu com a velocidade e potência de Shaw, mas o grande destaque é mesmo a quebra de forma de
Matic, que há algumas semanas que já não é capaz de dominar a sua zona de acção como dantes, perdendo aquela capacidade de encher o campo, ressentindo-se os Blues disso. Na frente,
Hazard decidiu no pouco jogo de que dispôs.
Manchester United: Apesar da derrota, Van Gaal pode estar contente pela subida de rendimento da sua equipa. Os Red Devils foram superiores em casa do mais do que provável campeão e só a ineficácia impediu-os de trazerem pontos de Londres. Individualmente, destaque para os jovens McNair (exibição cheia de personalidade, sem medo de arriscar na saída de bola, seja pelo passe, seja pela condução de bola, chegando mesmo perto da área rival para rematar) e Shaw, que realizou a melhor exibição pelo United, dando muita profundidade na esquerda, chegando várias vezes à linha de fundo. Falcao atirou à barra e Di Maria, novamente suplente, teve uma péssima entrada em jogo, incapaz de desequilibrar no um contra um e sem acertar um cruzamento.