Não, este texto não é a reivindicar horários proibitivos para a Liga Portuguesa, ou o nome determinado por quem lhe passa o cheque, nem sobre os dérbies de Madrid que acabam quase à 1h local, este texto é sobre um outro futebol, o dos “States”.
Quantos de nós, fãs do desporto, fãs de futebol, após os terminus das partidas dos campeonatos Europeus começadas às 20/21h, nos pomos a pensar no que nos vamos pôr a fazer? Vamos para os generalistas ver programas degradantes ou mais uma novela com um enredo inovador que acaba por ser sempre igual? Não me parece. Vamos para os generalistas do cabo ver programas de paineleiros falar de bola, que percebem tanto da mesma ou de comunicação social como eu de lagares de azeite? Era bom, se eles falassem mesmo de bola. Vamos para o canal premium de desporto pago a peso de ouro? Era bom se já tivesse começado o jogo da NBA, ou o da NFL, ou o da NHL, que pena ainda faltam 2h…
Para todos nós, chegou a solução! Não é ortodoxa, mas garanto-vos que de sexta a domingo, é bem emocionante. Tem como base o desporto rei, mas com uma pitada de americanice: o showtime está lá, as estatísticas importam (referências contabilísticas ao numero de remates com o pé direito para o lado esquerdo do guarda-redes, entre os minutos 50 e 65, com camisolas brancas, e respectiva percentagem de acerto não faltarão seguramente), existem drafts, há conferências, divisões, playoffs e critérios de qualificação e desempate esquisitos, há derbies, rivalidades estatais, adeptos extasiados, estádios vestidos a uma só cor, estrelas do desporto, e, como não podia deixar de ser, portugueses!
Como fã de futebol, acho que ver continuamente e sem repetições jogos desde as 13h à 1h, é uma ideia que não pode deixar de me agradar. Têm até 2018 pelo menos. Hoje à noite há o New York City x NE Revolution, às 21h, e o Portland Timbers vs LA Galaxy, às 23h. Não são duelos como um Real x Barça ou um United x Chelsea, mas vai ser bem interessante.
Visão do Leitor (perceba melhor como pode colaborar com o VM aqui!): Diogo Mendes, “Sombras”
