Adrien de penalti desequilibra uma das partidas mais pobres de 2014-15; Sporting consolidou 3.º lugar; Marítimo esteve melhor nos primeiros 25 minutos (Marega castigou Jefferson e Ewerton) mas não conseguiu ultrapassar Patricio

Marítimo 0-1 Sporting (Adrien 33′ g.p)
Qualquer que fosse o preço do bilhete já seria caro. Foi fraco, muito fraco o espectáculo protagonizado por Marítimo e Sporting, do pior que se viu este ano na I Liga. No entanto, os leões conseguiram mais 3 pontos e consolidaram o terceiro lugar com um golo solitário de Adrien, de grande penalidade, ainda na primeira parte. No segundo tempo praticamente não houve remates à baliza e, como tal, o resultado não podia ter sofrido alterações. Um jogo que serviu para confirmar duas coisas: que a motivação do Sporting para este final de época não é propriamente elevada (o objectivo prioritário é a conquista da Taça) e que o Marítimo tem o plantel mais limitado dos últimos anos. 

O Marítimo entrou com a lição bem estudada e foi mais forte no período inicial. Marega explorou bem as costas de Jefferson e num dos lances em que ultrapassou o lateral brasileiro isolou-se perante Patrício, mas o guarda-redes do Sporting evitou um golo certo. Os leões estabilizaram e foram assumindo o controlo do jogo, criando algum perigo pelos corredores laterais. A vantagem chegou através de uma grande penalidade, com Adrien, em dia de aniversário, a ganhar uma prenda. A falta foi cometida sobre Jefferson, depois de um lance em que Nani mostrou muita classe. Até ao intervalo, destaque ainda para uma transição muito bem conduzida mas mal finalizada, com João Mário a tentar assistir Slimani e a permitir o corte do adversário. A segunda parte foi extremamente aborrecida, com duas equipas que não chegaram perto das balizas. Mas por motivos diferentes. O Sporting porque não pareceu muito interessado, limitando-se a gerir a vantagem no marcador sem acelerar; e o Marítimo porque, apesar da vontade, não teve capacidade de se aproximar da área de Patrício. Num jogo tão pobre, venceu a equipa mais forte.

Destaques:


Sporting – Serviços mínimos deram três pontos que quase fecham a questão do terceiro lugar (o Braga está a 7 pontos). A exibição não foi brilhante, de todo, mas ficou a ideia de que os leões não jogaram mais porque o adversário não obrigou a isso. Mas o início de jogo foi complicado, com o lado esquerdo a sofrer bastante com a velocidade de Marega. Jefferson voltou a ter dificuldades em controlar a profundidade nas suas costas, e Ewerton entrou bastante nervoso e a mostrar alguma falta de ritmo. Contudo, o central estabilizou e acabou por fazer uma exibição relativamente segura ao lado de Paulo Oliveira, que hoje mandou na defesa e fez um jogo sem nenhuma falha. Rosell, sem deslumbrar, fez com que não se sentisse a ausência de William, e Adrien continua a não acrescentar o que se pede, contribuiu para o futebol pouco fluído dos leões, apesar de ter decidido de penalti. João Mário e Nani foram os melhores do Sporting; o médio deu-se muito ao jogo e mostrou a inteligência do costume, ao passo que o extremo esteve exímio na temporização e na definição dos lances. Carrillo voltou a quebrar na segunda parte, depois de uma primeira metade em que agitou o jogo (embora com falhas no último passe), enquanto Slimani esteve pouco participativo.

Marítimo – Apesar de ter criado alguns incómodos ao Sporting, nunca pareceu que os madeirenses tivessem capacidade de bater os leões. A entrada forte, algo surpreendente, chegou a fazer crer que a equipa estava em dia sim, mas esse panorama rapidamente se alterou. Uma defesa pouco segura e que compromete na saída de bola, um meio campo pouco pressionante, que dá muito espaço ao adversário, e um ataque que tem algum talento mas pouca objectividade. Assim se poderia descrever esta equipa de Ivo Vieira. Individualmente, Raúl Silva fartou-se de inventar com bola e cometeu a falta que deu origem ao penalty, Danilo, que regressou à equipa, não está com o ritmo ideal e passou ao lado do jogo, sendo os homens mais destacados os extremos António Xavier (bastante rápido, conseguiu criar problemas a Cédric) e Marega, que criou a melhor ocasião dos insulares.

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