O que deve o FC Porto fazer com Fernando?

Tem o epíteto de Polvo, mas a capacidade de atrair atenções tornou-se proporcional ao jogo de tentáculos posto em prática quando sobe ao relvado. Fernando, médio que durante anos a fio foi colocado de parte no boletim de renovações urgentes dos portistas, é agora um dossier com final desconhecido fora do âmbito negocial do FC Porto. O brasileiro não é um colete à prova de balas: extrapola o rótulo de defesa pessoal do colectivo, que o usa, sem intermitência, como um campo magnético sedutor para a bola quando os seus companheiros não fazem posse desta. Cresce nos jogos de dimensão extra, como aqueles realizados na Liga dos Campeões, dos poucos capazes de “puxar” por um talento fora do comum, e que encontra nessa competição um espaço idílico para vestir a farda de bombeiro de serviço. Apenas mais uma achega, mais uma prova de que a dimensão do jogo de Fernando grita por uma oportunidade numa liga doméstica de maior intensidade.
Se Fernando Reges é uma fonte de adjectivos elogiosos, que estará por detrás deste impasse no futuro daquele que é um dos melhores médios-defensivos a actuar na Europa? O Visão de Mercado avança com três cenários hipotéticos sobre um jogador que, daqui por dois meses, poderá comprometer-se com outro emblema a custo zero:
A: o FC Porto, mesmo sabendo que o atleta irá assinar por outro clube em Janeiro, continua a utilizá-lo até final da época por considerá-lo imprescindível;
B: o FC Porto apenas o tem valorizado para conseguir vendê-lo pelo melhor preço possível na abertura da janela de transferências no inverno (recorde-se que, neste caso, o valor nunca corresponderá ao real valor do médio, que acaba contrato em Junho próximo);
C: a renovação de Fernando está em marcha, não passando tudo de mediatização jornalística sobre um atleta que, pese nunca ter escondido sonhar dar o salto e chegar à canarinha, sempre se prontificou a ajudar o clube com o qual tem contrato;
O campo das suposições é vasto, impossível de ser descortinado pela vaivém de informações contraditórias que, quase diariamente, nos assaltam a vista. No entanto, é fácil imaginar a máquina portista a trabalhar naquele que poderá ser o seu ingrato substituto. Num exercício de futurologia, quem, para o leitor, poderia substituir o brasileiro?
Visão do Leitor (perceba melhor como pode colaborar no VM aqui!): A.Borges
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